terça-feira, 22 de setembro de 2009


  Dermatite seborreica - O que é?



A Dermatite seborreica, também conhecida simplesmente como Seborreia , é uma doença da pele que ataca o couro cabeludo, a face e algumas outras partes do corpo, especialmente as abundantes em glândulas sebáceas. Provocando eritema, descamação oleosa e prurido. Quando ataca o couro cabeludo, é mais popularmente conhecida como Caspa. Acredita-se que o fungo Malassezia furfur (cujo nome anterior era Pityrosporum ovale) contribua para essa situação. O fungo habita normalmente os folículos pilosos, e pode haver uma reacção imune que contribua para a dermatite.


Tratamento


O tratamento recomendado é o uso do cetoconazol e corticosteroides, na forma de loções, cremes ou xampus anticaspa. Xampus com piritionato de zinco, sulfeto de selênio ou alcatrão de hulha podem ajudar no tratamento, bem como loções contendo ácidos alfa-hidróxidos (AHA). Embora casos simples possam ser tratados com produtos comuns de higiene pessoal e cosméticos, em casos mais graves o tratamento deve ser conduzido sob orientação de um médico.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Abscesso - O que é?



É designado de abscesso ou abcesso o acúmulo localizado de pus num tecido, formando uma cavidade delimitada por uma membrana de tecido inflamatório (membrana piogénica). O líquido purulento que a preenche se forma em virtude da desintegração e morte (necrose) do tecido original, microorganismos e leucócitos.


Causas


Pode ser causado por vários agentes patogénicos microbiológicos, como as bactérias piogénicas (incluindo estafilococos, estreptococos, gonococos, entre outros), ameba, além de algumas substâncias químicas (como a essência de terebintina).


Sintomas


Os sintomas dependem do órgão ou tecido afetado. No entanto, classicamente temos como manifestações de todo processo inflamatório a dor, calor, rubor e tumefação locais, podendo apresentar perda de função. Os abscessos "maduros" têm flutuação à palpação e a pele que os reveste torna-se mais fina.


Têm ocorrência mais comum na pele, mas podem atingir qualquer tecido. Dificilmente há remissão espontânea, com a reabsorção (se pequenos) ou fistulização.


Tratamento


Um abscesso deve sofer intervenção cirúrgica com o objetivo de aliviar os sintomas e favorecer sua cura. Para drenar um abscesso, o médico deve acessar sua parede e libertar o pus. Depois da drenagem, se o abscesso for de maiores dimensões, deixa um amplo espaço vazio (espaço morto), e sofrerá cicatrização por segunda intenção. Em certos casos, é necessário o uso temporário de drenos artificiais.


Como o centro necrótico do abscesso não recebe suprimento sanguíneo, está encapsulado e sob condições químicas adversas (baixo pH), os antibióticos não costumam ser muito eficazes para o tratamento primário. Depois de realizada sua drenagem, antibióticos podem ser administrados para evitar a disseminação do processo infeccioso ou sua recorrência.


• A análise microbiológica do material pode guiar a escolha do antibiótico mais eficaz,[2] mas esta é necessária apenas em casos de maior gravidade ou falha terapêutica com a adequada drenagem e antibioticoterapia empírica.[3]


Complicações


Um abscesso inadequadamente tratado pode resolver-se espontaneamente: reabsorvido ou formando fístulas (comunicação) para o meio externo. Ao fistulizar para cavidades naturais do corpo dá origem a um empiema, mas também pode complicar-se ao drenar para a corrente sanguínea, levando bacteremia e, nos casos mais graves, sepse.


Apresentações


O abscesso pode ocorrer em qualquer região do corpo afetada por um agente piogênico (cérebro, osesos, pele, pulmão, músculos). Porém, existem alguns tipos de maior relevância, seja por sua frequência ou sua gravidade.


Abaixo segue uma lista com alguns dos abscessos descritos pela literatura de saúde:


• Abscesso cutâneo


• Abscesso perianal


• Abscesso peritonsilar


• Abscesso pulmonar


• Abscesso amebiano


• Abscesso Esplênico


• Abscesso da Glândula de Bartholin







Afta



Afta (ou estomatite aftosa) é uma ferida na mucosa bucal, é uma ferida considerada limpa, pois não é provocada por microorganismo algum, como bactéria ou fungo. Caracteriza-se como áreas de erosão (com rompimento do tecido epitelial e exposição do tecido conjuntivo) em qualquer local da cavidade bucal. Geralmente ocasiona reação inflamatória de intensidade leve ou moderada associada à dor, por expôr o tecido conjuntivo (e suas terminações nervosas) em contato direto com o meio bucal.


Pouco se conhece sobre a etiopatogenia das aftas. Dados científicos sobre o assunto sugerem que a aftose provavelmente seja uma manifestação comum a diversas doenças, causada por mecanismos distintos, geralmente de natureza imunológica. Geralmente a lesão regride de 1 a 2 semanas (mas pode persistir por um período incerto).


Segundo a crença popular, alimentos e frutas ácidas como o abacaxi e o limão, assim como temperos picantes, podem funcionar como possíveis indutores da formação de aftas, preferencialmente em quem já apresenta tendência para o problema. Mas os principais desencadeadores das lesões são o stress e trauma local . Outros fatores também podem causar ou contribuir como: doenças sistêmicas, imunopatias, deficiências nutricionais, alergias, doenças auto-imunes e reações a determinados tipos de medicamentos.


Incidência


Ocorre em 20% a 50% da população mundial. A tendência começa na adolescência e se agrava na faixa dos 30 e 40 anos, fase em que o stress aumenta. Com o avanço da idade a tendência diminui e por vezes, o problema desaparece por completo. Lesões que perdurem por mais de duas semanas devem ser avaliadas por um Estomatologista, que é um médico especialista na área da boca, ou um Médico-Dentista.


Características


As aftas surgem na maioria das vezes em pessoas saudáveis; A afta comum não provoca febre nem mau hálito; Não tem cura definitiva, é um problema que vai e volta; Não é transmissível de uma pessoa para outra; As feridas são limpas, pois não há nelas fungos ou bactérias que desencadearam o problema.


Possíveis causas


A teoria mais aceita é a de que pessoas com afta estão com alguma deficiência no sistema imunológico, que pode ser atribuída, entre outras coisas, a: Predisposição genética; Tensão pré-menstrual; Deficiência nutricional causada, entre outros fatores, por um desequilíbrio alimentar ou até por algum efeito secundário de um medicamento.


Tratamento


Dependendo do indivíduo, o tratamento visa a aliviar os sintomas, prevenir o aparecimento de novas aftas e diminuir a gravidade do surto. O uso de bicarbonato de sódio serve para diminuir a dor, pois destrói as células nervosas responsáveis por ela, porém o bicarbonato também destrói os tecidos saudáveis da mucosa, fazendo com que a afta demore ainda mais a desaparecer.


É recomendado o uso de fermentos láctico (Saccaromyces Boulardii), própolis, pois, segundo relato de várias pessoas que utilizam o método, o problema desaparece em poucos dias, além de aliviar a dor assim que aplicado sobre a lesão. Qualquer produto que contenha bicarbonato de sódio pode ser usado (p.e. sal de frutas).


Anti-inflamatório corticóide é muito usado em bochechos ou em pomadas apropriadas. Há também injeções anti-inflamatórias que são aplicadas sobre a lesão.


Um tratamento muito eficaz é utilizar Syzygium aromaticum, conhecido popularmente como cravo-da-índia. O cravo tem propriedades medicinais, compreendem o tratamento de náuseas, flatulências, indigestão, diarreia, tem propriedades bactericidas e é também usado com anestésico e antisséptico para o alívio de dores de dente.


O óleo de cravos-da-índia pode ser extremamente aliviante quanto há dor e promove a cura da ferida. É um analgésico e um antisséptico natural, usado primeiramente na odontologia para seu eugenol do ingrediente ativo. A aplicação constante fornece o relevo significativo, e o sabor desagradável é compensado pelos benefícios. A aplicação consiste de uma ou duas gotas do óleo de cravo-da-índia em um botão de algodão sendo introduzidas gradualmente na área afetada.


Há também uma nova forma de amenizar a dor de forma imediata, por meio de laser. Este é aplicado em consultórios odontológicos e, apesar de ser uma técnica nova, vem se mostrando muito funcional, pois, além de praticamente sanar a dor, não tem contraindicações.





Doença na gengiva aumenta risco de infartos e derrames





Apenas dois em cada dez adultos possuem gengivas sadias, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre os idosos, a taxa é de apenas 10%. Embora seja difícil para um leigo associar uma coisa e outra, inflamações na boca podem levar a doenças cardiovasculares como infarto e derrame, como confirma um novo estudo feito no Brasil.
A doença periodontal é uma infecção, causada por bactérias, que afeta os tecidos que rodeiam os dentes. 0 sinal mais característico é o sangramento frequente. O problema tem sido associado a diversas doenças, como diabetes, infecções pulmonares e até partos prematuros.
O novo estudo, feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp), vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fluidos Complexos, mostrou que pacientes com a doença nas gengivas têm níveis até quatro vezes mais altos de triglicérides (gordura) no sangue. Além disso, têm níveis mais baixos de HDL, o "bom colesterol". Explica que a doença periodontal leva o sistema imunológico a lutar contra as bactérias, mas o organismo acaba atacando o que não deve também. O processo gera o que os cientistas chamam de LDL (ou "mau colesterol") modificado, o verdadeiro vilão da saúde cardiovascular.
Se o LDL estiver íntegro, afirma o pesquisador, ele é metabolizado no fígado e levado pelo HDL para ser excretado. Ou seja, a pessoa não precisa de remédios para baixar o colesterol. "Mas o LDL modificado não participa do metabolismo e fica depositado na parede das artérias", diz. O resultado é a aterosclerose, o acúmulo de placas de gordura que pode causar infartos e derrames.
O estudo contou com uma nova técnica, chamada de Varredura-Z, para a dosagem da quantidade de LDL modificado no plasma. "Os resultados revelaram que pacientes com periodontite são portadores de um maior número de LDL modificadas quando comparados com os pacientes controle".
A análise foi feita em 40 pacientes com periodontite crônica, monitorados ao longo de um ano. Após tratarem a doença, a concentração de LDL modificada caiu significativamente, mostrando que a saúde bucal tem uma importância maior para a saúde do que simplesmente conservar o sorriso.

































quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Leite: muito além do cálcio

 Leite: muito além do cálcio

  Não fosse o bastante esbanjar o mineral dos ossos, a bebida ainda é farta em vitaminas que protegem os olhos, previnem a anemia e melhoram a concentração





  No último grande evento de alimentação que aconteceu em São Paulo, o III Congresso Brasileiro de Nutrição e o Ganepão 2009, o leite protagonizou uma das discussões mais relevantes.

  A nutricionista Silvia Cozzolino, professora da Universidade de São Paulo, elencou algumas das preciosidades do líquido branco que muita gente nem desconfia. Por essas e outras, ele, sem dúvida alguma, merece um brinde e não pode ficar fora do seu cardápio.






Proteína da boa


  “O leite oferece proteína de altíssima qualidade, que é muito bem aproveitada no nosso organismo”, ressalta Silvia. Esse nutriente é fundamental para a construção de tecidos e, por isso, colabora para a beleza dos cabelos, das unhas e da pele. Sem falar que ajuda a preservar os músculos.


  Estudos recentes mostram ainda uma ligação entre os aminoácidos do leite, ou seja, suas partículas proteicas, e a redução da pressão arterial.



Mix vitaminado


   A festejada vitamina A, que protege os olhos, também faz parte da composição dessa bebida. Lá estão também as vitaminas B2, fundamental para a produção de energia, e B12, que atua no combate à anemia e ajuda a melhorar a concentração.



  Tem mais: a vitamina D, fundamental para a saúde óssea e que todo mundo associa tanto ao sol, é outra que dá as caras no leite. Mais um ponto para ele, uma rara fonte (quando se fala em alimento) dessa substância.


Minerais ao montes


  Para enriquecer a lista de superpoderes do suco leitoso, a professora Sílvia mencionou nutrientes menos conhecidos, como o zinco e o selênio. O primeiro fortalece o sistema imunológico e favorece a cicatrização. Já o selênio tem ação antioxidante, isto é, contribui para a integridade celular.




  E, claro, não dá para falar dessa bebida sem mencionar o cálcio. “A absorção do mineral por meio dela é muito boa. Pois ainda que muitos vegetais, como é o caso dos brócolis, contenham grandes quantidades do nutriente, nem sempre ele é tão bem aproveitado no nosso organismo”, salientou a nutricionista.




Aproveite tudo!


  Para não desperdiçar nadica dessa riqueza, a sugestão de Sílvia é distribuir o consumo do leite ao longo do dia. “Estudos mostram que a absorção dos nutrientes da bebida e seus derivados é melhor em pequenas porções.”


  No caso específico do cálcio, uma boa orientação é evitar o consumo excessivo de café e chá preto, que, por causa da cafeína, costumam atrapalhar um pouco o desempenho do mineral. Mas, veja bem, não é preciso banir nenhum dos dois do cardápio. Basta não exagerar.

Por Regina Célia Pereira
Fonte: Revista Saúde
Postagen posta pela aluna: Anne Ester

Cerveja Liberada?

  Ela é uma das bebidas mais consumidas no planeta e, entre nós, se tornou uma verdadeira paixão nacional. Escura ou clara: não importa a coloração. O fato é que seus goles podem ser pra lá de benéficos, como revela um estudo fresquíssimo
  Muita gente deve ter espumado de alegria, sobretudo os apreciadores de uma loira gelada — e são muitos! Cientistas da Universidade de Granada e do Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha liberaram o consumo de cerveja para atletas. E isso está longe de ser aquele tipo de conversa jogada fora na mesa de um botequim. Os pesquisadores espanhóis recrutaram 16 homens saudáveis, com idade entre 20 e 30 anos. Todos praticavam atividade física regularmente e a silhueta de nenhum deles denunciava a protuberância de uma barriga de chope.

  Essa moçada teve de suar a camisa durante 60 minutos correndo em uma esteira sob uma temperatura ambiente de 35 °C. A suadeira rolou solta em duas ocasiões, com um intervalo de três semanas entre cada uma delas. Concluída uma das provas, os participantes mataram a sede com água na quantidade desejada. Numa outra, se reidrataram basicamente com 660 mililitros de cerveja, quase o equivalente a uma garrafa grande no Brasil. Antes, logo após e cerca de duas horas depois do exercício, o time hispânico analisou uma série de parâmetros, como o nível de hidratação, que poderiam ser influenciados pelo álcool da bebida — ora, sabe-se que essa substância faz o corpo eliminar líquidos.

  E não é que a breja, apelido carinhoso que os paulistanos deram à opção mais pedida em dez entre dez bares brasileiros, desceu redondo? Os cientistas constataram que ela foi capaz de restabelecer as perdas hídricas de maneira tão eficiente quanto a água e sem nenhum prejuízo aparente. Em outras palavras, a cervejinha é uma boa maneira de hidratar o organismo após o exercício físico. “Uma lata de 356 mililitros contém 326 de água”, justifica Antonio Carlos L. Campos, professor de nutrição da Universidade Federal do Paraná. Mas é preciso ressaltar, e os estudiosos espanhóis fizeram questão disso, que o consumo deve ser moderado. “A recomendação diária seria de duas a três latas para os homens e de uma a duas para as mulheres”, contabiliza Juan Ramon Barbany Cairo, professor de fisiologia do exercício da Universidade de Barcelona, que participou do simpósio Cerveja, Esporte e Saúde, no qual foi apresentado o trabalho espanhol.

  Mas nem todo mundo engole essa história de cerveja liberada. É o caso de José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. “Ela não traz nenhum benefício para atletas ou praticantes de atividade física”, sentencia. “Para exercícios com duração acima de uma hora, é importante a reposição de água, carboidratos e eletrólitos, substâncias encontradas em bebidas isotônicas.” E, para atividades de intensidade moderada a alta, com até 60 minutos de duração, o especialista não titubeia em recomendar aquela fórmula conhecida de todos: H2O. Querelas à parte, o que se sabe é que a cerveja não é só água, não. “Ela é altamente nutritiva”, diz Antonio Carlos L. Campos. “Além de ser fonte de energia e proteínas, é rica em vitamina B, sais minerais e antioxidantes.”

  Por falar nisso, a bebida está repleta de flavonoides, poderosos agentes antirradicais livres, moléculas danosas acusadas de semear doenças diversas. Essa substância está por trás da boa fama que o vinho ganhou nos últimos anos, especialmente no quesito prevenção de males cardiovasculares.

  “Numa dieta rica em carne branca, frutas e verduras, os benefícios da cerveja são semelhantes aos do vinho”, diz o espanhol Cairo. E vitaminada é um adjetivo que lhe cai bem. A bebida é um manancial de folato, a outra alcunha do ácido fólico, nutriente capaz de prevenir tumores no cólon, na bexiga e nos pulmões, além de afastar a anemia. Tamanho atributo nutricional se justifica: é que o lúpulo e o malte, ingredientes da fórmula dessa preferência nacional, contêm doses generosas de folato. Há um senão: o álcool poderia dificultar a absorção da vitamina. Quanto, ainda não se sabe. Mas, para não estragar a festa, o melhor é fazer um brinde à sua saúde!

Fonte, revista saúde
Postagen posta pela aluna: Anne Ester

Andropausa - Amenopause masculina

A menopausa masculina

Os homens também padecem com os incômodos provocados pela queda de hormônios, chamada andropausa.



Por Cláudia Ramos

  Sofrer com a menopausa não é um problema apenas das mulheres. Os homens também padecem com os incômodos provocados pela queda de hormônios. É a andropausa, caracterizada pela baixa nos níveis de testosterona, o principal hormônio masculino produzido pelos testículos.


  Mas hoje, como acontece com a menopausa, já é feita a reposição hormonal para aliviar os sintomas. E aos mais apavorados, um alento: ao contrário do que ocorre com as mulheres, a andropausa não provoca o fim da fertilidade e sim uma redução dela, devido à menor produção de espermatozóides.


Queda variável

  Com a idade, a testosterona cai em torno de 1% ao ano. Mas, segundo a endocrinologista Luciana Bahia, a queda dos níveis de testosterona não ocorre de maneira uniforme entre os indivíduos. Segundo ela, existem homens que conseguem manter uma boa secreção de testosterona até os 80 anos, enquanto outros já demonstram uma queda por volta dos 50.


  ”Existe uma tendência de queda de produção testicular com o envelhecimento, mas isso não é uma regra fixa”, diz. Fatores como a raça, a cor, a presença de doenças, o uso de medicamentos, o fumo e o álcool tendem a influenciar.




Sintomas ainda não identificados



  Se os sintomas da menopausa são fáceis de identificar, nos homens nem tanto. Na Finlândia um grupo de cientistas começa a pesquisar o assunto. Até agora, de acordo com o coordenador da pesquisa, Ilpo Hutaniemi, chefe do departamento de fisiologia de Turku, foram relacionadas algumas reações, como disfunção erétil e/ou redução da libido.


  A endocrinologista Luciana acrescenta ainda outros sintomas, como: diminuição da força e atrofia muscular, aumento de gordura corporal, principalmente na região abdominal, diminuição da libido, alterações no humor e desânimo.




Reposição hormonal

  Luciana diz que a reposição de testosterona e derivados já esta sendo feita com bons resultados, mas com algumas ressalvas. “Ainda não se chegou a um consenso sobre a dose a ser prescrita, o tipo de preparado, o tempo de uso e se os efeitos benéficos influenciam a ocorrência de doenças e qualidade de vida”, afirma.


  O tipo de terapia de reposição hormonal mais comum é aquela por via transdérmica, por meio de gel, cremes ou adesivos cutâneos. Alguns médicos recomendam ainda o uso de suplementos vitamínicos, sais minerais e oligoelementos, com a finalidade de melhorar a atividade mental, antioxidantes e em especial determinados aminoácidos, que ajudarão a liberar neurotransmissores cerebrais.


  A reposição só é contra-indicada para os homens que apresentem hiperplasia benigna da próstata, câncer da próstata e pacientes com antecedentes familiares da doença.




Controvérsia

  As terapias de reposição hormonal, no entanto, ainda não conseguiram uma unanimidade entre os especialistas da área sexual. Este tipo de terapia ainda provoca controvérsia: há quem considere que resolve todo e qualquer problema e há aqueles que não acreditam na sua eficácia.


  Em relação às terapias de reposição masculina, parece a mesma coisa. “Envelhecer é difícil. Perde-se massa muscular e força, mas isso não significa que se tenha que sofrer de depressão. A depressão está mais ligada a outros fatores, como a dificuldade de aceitação do envelhecimento, dificuldade do idoso na sociedade, por exemplo”, diz a psicóloga e terapeuta sexual Vera Lúcia Vaccari.


  Segundo ela, se for comprovado que a testosterona realmente melhora a qualidade de vida das pessoas como um todo, realmente a terapia de reposição pode ser útil. “Mas acho que qualidade de vida não vem em vidros ou remédios. Vem em construção social, mudança de mentalidade, etc”, afirma Vera.




Mito ou verdade

  No trabalho que está sendo desenvolvido na Finlândia, os pesquisadores buscam descobrir se há alguma evidência biológica de que a menopausa masculina existe ou se é uma condição psicológica. Algo similar à crise da meia-idade ou a algum sinal fisiológico do envelhecimento. Para isso, estão sendo estudados 30 mil homens, entre 40 e 70 anos.


  Para realizar a pesquisa, os homens recebem uma série de injeções de testosterona, o hormônio sexual masculina. Seus sintomas são acompanhados, tais como a transpiração e a perda de controle sexual. Os resultados são comparados com homens que não receberam injeções.


O tratamento é semelhante à terapia de reposição de estrogênio, o hormônio sexual feminino, nas mulheres. Os efeitos colaterais da injeção de testosterona podem incluir doenças cardiovasculares e problemas na próstata. Os homens com um histórico de doenças nesses órgãos são excluídos da pesquisa.



Fonte: Artigos, Salutia
Postagem posta pela aluna: Anne Ester