Quelóides
A cicatrização, dependendo de características peculiares, nem sempre resulta em pele lisa.
As cicatrizes hipertróficas (grosseiras) e os quelóides são o resultado da proliferação celular de tecidos fibrosos, sendo que, nos quelóides, produz a um supercrescimento celular (hiperplasia), levando o tecido cicatricial a se tornar exagerado. Eles acontecem em locais de trauma, cirurgia, úlceras de pressão, vacinas, acne e onde corpos estranhos perfuraram ou prejudicaram a pele.
Os quelóides às vezes acontecem em lugares onde a pele não foi ferida. Os quelóides diferem das cicatrizes normais por sua textura mais espessa e por ultrapassar os limites da cicatriz. Algumas pessoas são propensas à formação de quelóides e podem desenvolvê-los em vários lugares.
Os quelóides são mais comuns em pessoas negras. Existem algumas regiões em que o quelóide apresenta uma incidência maior. A pele da região anterior do tórax, que é mais espessa, tende a ser mais acometida, diferentemente da pele da mama que em geral é preservada. Outras áreas do corpo de maior incidência são: ombros, parte superior das costas, queixo e porção inferior das pernas. Boa parte dos quelóides costuma surgir até um ano após o trauma.
Quando um quelóide está associado a uma incisão (corte) ou uma lesão da pele, o tecido cicatricial do quelóide continua a crescer durante um tempo depois que a ferida original já se fechou, ficando progressivamente maior e mais visível. Eles geralmente acometem o adolescente e o adulto jovem, afetando ambos os sexos igualmente. É comum em jovens com orelhas perfuradas. A pessoa fura a orelha, coloca o brinco e o tecido se prolifera, às vezes com grande intensidade; a ponto de que em algumas tribos africanas, em função da incidência freqüente de quelóides, as orelhas se transformam em pontos de adornos. Os quelóides podem acontecer sobre o esterno (osso que fica entre as costelas na parte anterior do corpo) em pessoas que fizeram cirurgia do coração.