quarta-feira, 7 de outubro de 2009


NOÇÕES BÁSICAS DO METABOLISMO DAS BILIRRUBINAS


Icterícia é a coloração amarelada da pele e mucosas decorrente do acúmulo de bilirrubina no soro e tecidos. A icterícia manifesta-se clinicamente na pele e mucosas, quando ultrapassa 2,5 mg no sangue.
  Após 120 dias, as hemácias são fagocitadas pelo SRE (baço e fígado) e a fração heme da hemoglobina serve de fonte para a formação da bilirrubina. Assim, cerca de 80% da bilirrubina formada no organismo deriva da hemoglobina de hemácias. O restante (20%) deriva da degradação de hemoproteínas não hemoglobínicas como catalase e citocromos. A fração heme da hemoglobina é degradada em biliverdina pela remoção do complexo ferro-protoporfirina da globina. A biliverdina, por sua vez, é transformada em bilirrubina indireta pela ação da biliverdina-redutase. Neste processo, normalmente 300mg de bilirrubina indireta (BI) ou não conjugada (lipossolúvel) são formados em 24 horas.

Cientistas pretendem usar bactéria como probiótico para tratar cálculo renal.


Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, sugere que a presença de uma bactéria intestinal pode reduzir os riscos de desenvolver cálculo renal. Segundo os pesquisadores, pessoas que naturalmente carregam a bactéria Oxalobacter formigenes são 70% menos suscetíveis a ter pedras no rim. As pedras nos rins se formam a partir do resíduo de substâncias que são expelidas pela urina. Cerca de 80% são formadas por um composto chamado oxalato de cálcio. A bactéria Oxalobacter formigenes consegue quebrar o oxalato no intestino e está presente em uma grande proporção da população. O estudo, publicado na revista científica Journal of the American Society of Nephrology, afirma que o próximo passo será tentar usar a bactéria em tratamentos probióticos, que estimulam o equilíbrio das bactérias no intestino. Caso os resultados sejam positivos, a administração da bactéria pode ser usada como tratamento profilático para pessoas com tendência a desenvolver pedras no rim. "Nossa descoberta tem uma importância clínica em potencial, mas a possibilidade de usar a bactéria como um probiótico ainda está nos estágios iniciais de investigação", afirmou David Kaufman, que liderou o estudo.

A Calcificação Aórtica Aumenta o Risco de Infarto do Miocárdio?


Geralmente, a deposição de cálcio nas artérias ocorre em locais previamente lesados, como em placas de aterosclerose (lesões produzidas pelo acúmulo de colesterol seguida de uma reação inflamatória local específica) ou em trombos, locais onde houve uma ativação da cascata de coagulação ocorrendo após exposição das placas de aterosclerose perante a ruptura da membrana interna das mesmas. Sabe-se cada vez mais da intensa relação da aterosclerose com o infarto cardíaco devido à diminuição do diâmetro dos vasos e assim da oferta de oxigênio ao coração. No entanto, sabe-se também, que a maioria das pessoas irão desenvolver placas de aterosclerose no leito vascular, mas como há vários graus de lesão, somente aquelas mais graves serão responsáveis pelos eventos cardíacos. A deposição de cálcio no leito vascular pode ocorrer em lesões tanto graves quanto leves. Não é rara a visualização, à radiografia de tórax, de áreas de calcificação no arco aórtico - artéria mais calibrosa do corpo humano, sendo a via de saída de cerca de 80% do sangue bombeado pelo coração. Tal fato ocorre especialmente em pessoas acima dos 65 anos. Apesar desse achado ter sido considerado "normal para a idade", perguntas têm sido feitas se o mesmo pode estar relacionado com um risco maior de eventos vasculares como infarto cardíaco, derrame cerebral e obstruções arteriais periféricas (por exemplo nos membros inferiores).
Papel das mitocôndrias no envelhecimento


As dimensões dos órgãos internos guardam relação direta com o conteúdo energético da alimentação. Quanto maior o número de calorias ingeridas, maior o peso do coração, fígado, rim, próstata, músculos e dos linfonodos (gânglios linfáticos) envolvidos na resposta imunológica. Por capricho intencional da natureza, apenas o cérebro e os testículos mantém constante suas dimensões, mesmo quando o indivíduo é submetido a redução drástica do aporte calórico.


O tamanho dos órgãos internos, no entanto, não explica o retardo ou aceleração do envelhecimento. A explicação é dada por um conjunto de organelas microscópicas presentes em todas as células do organismo e responsáveis pela produção de energia: as mitocôndrias.


Cada célula contém centenas de mitocôndrias espalhadas pelo citoplasma. No interior da mitocôndria, as moléculas resultantes da alimentação são utilizadas numa série complexa de reações químicas, que resultará na síntese de uma molécula capaz de armazenar energia e transportá-la para os quatro cantos da célula: o ATP. É no ATP que a célula encontrará 90% da energia necessária para exercer sua funções: produção de proteínas, movimento, excreção, troca de íons, etc. Se não fossem as mitocôndrias, não haveria possibilidade de vida; elas são as centrais energéticas da célula.


A lógica sugere que qualquer fenômeno capaz de comprometer a produção do ATP na mitocôndria, pode prejudicar o funcionamento ou simplesmente matar a célula. De fato, em 1962, R. Luft, da Universidade de Estocolmo, demonstrou que o decréscimo da produção de energia na mitocôndria provocava o aparecimento de doenças debilitantes, características da idade avançada.


Estudos posteriores deixaram claro que o tecido mais rapidamente atingido pelo decréscimo de energia era o sistema nervoso central. Seguiam-se, em ordem decrescente de sensibilidade, o coração, os músculos, os rins e os tecidos produtores de hormônios.