sexta-feira, 4 de setembro de 2009

                O que provoca o albinismo?



A palavra albinismo deriva do latim albus(branco) e se refere à incapacidade de um indivíduo ou animal de fabricar um pigmento denominado melanina (do grego melan, negro), que dá cor à pele e protege da radiação ultravioleta tanto do Sol como de qualquer dispositivo artificial, como as câmaras de bronzeamento artificial. Diferentes alterações dos genes podem causar albinismo. Por exemplo, a falta de alguma das enzimas sintetizadoras da melanina ou a incapacidade da enzima para entrar nas células responsáveis pela pigmentação e transformar o aminoácido tirosina, a base para construir o pigmento, em melanina.
Isto é, no caso do albinismo, o indivíduo ou animal possui melanócitos, onde se gera a melanina, mas uma disfunção não permite que estas células fabriquem o pigmento.
O albinismo é uma disfunção universal que pode afetar tanto o homem como a mulher e também afeta os animais. É muito freqüente em ratos, coelhos, cavalos, porcos, peixes, tubarões e tigres.
As pessoas ou animais com albinismo têm muito pouca ou nenhuma pigmentação em em seus olhos, pele ou cabelo. Os cabelos, as sobrancelhas e as pestanas são totalmente brancas ou de um amarelo muito pálido, a tez é extremamente clara e os olhos podem chegar a ser rosados. A despigmentação com que nascem não se modifica com a idade.
Os albinos têm dificuldade de enxergar em lugares muito claros e podem sofrer queimaduras por radiação solar muito facilmente, sendo muito provável que desenvolvam câncer de pele caso não se protejam adequadamente.
O albinismo pode se apresentar de forma total ou parcial, afetando respectivamente todo o corpo ou só determinadas zonas. A forma mais comum, no entanto, é a total.
Hereditariedade
O albinismo é hereditário e está condicionado a um gene pouco comum que gera certas características físicas e que tem caráter recessivo, não aparece em todas as gerações. Estima-se que uma em cada 17.000 pessoas são albinas.
Quando um dos pais possui o gene recessivo do albinismo, existe a probabilidade de transmissão de 25% em cada gravidez. De cada quatro filhos, um pode apresentar a doença. No entanto, no caso do nascimento de filho saudável, há 50% de possibilidade de ele ser portador do gene e gerar filhos com albinismo.
A terapia genética abre uma possibilidade para os portadores do albinismo. No futuro, estes pacientes poderão receber os genes que faltam a suas células "pigmentadoras", a fim de que adquiram a capacidade de sintetizar a melanina.
Vitiligo
É bom lembrar que existem variadas doenças que se caracterizam por alterações na pigmentação da pele, diminuições congênitas ou adquiridas na produção de melanina. Um exemplo é vitiligo. Ainda que o albinismo possua algumas características similares com o vitiligo, as disfunções não estão relacionadas.
O vitiligo é uma doença da pele que se adquire e se desenvolve progressivamente, enquanto o albinismo se apresenta desde o nascimento e não aumenta nem diminui com a idade. No albinismo, não existe melanina porque os melanócitos não podem sintetizá-la. No vitiligo, não existe melanina porque os melanócitos foram destruídos.

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