16 de setembro de 2009 (Bibliomed). A exposição do feto ao tabagismo materno e o baixo peso ao nascer aumentam de quatro a seis vezes o risco de a criança desenvolver asma, segundo estudo sueco apresentado esta semana no Congresso Anual da Sociedade Respiratória Europeia. A asma é a doença crônica mais comum em crianças, e alguns dos fatores de risco as afetam antes mesmo do nascimento. É o caso do tabagismo materno na gestação, que é associado ao prejuízo da função pulmonar da criança, inflamação nas vias aéreas e asma.
Além dos problemas respiratórios, os pesquisadores explicam que o tabagismo na gestação atrapalha o crescimento e desenvolvimento do feto, o que também está associado com diversos problemas de saúde na idade adulta, incluindo prejuízo da função pulmonar. E o estresse oxidativo induzido pelo cigarro nas vias aéreas por causa dos problemas no crescimento fetal seria uma explicação plausível para o desenvolvimento de asma nessas crianças.
Em estudo com quase 3,4 mil crianças com sete e oito anos de idade, acompanhadas por quatro anos, os pesquisadores notaram uma prevalência de baixo peso de 4,1%, e que 24,3% haviam sido expostas ao tabagismo na gestação. A média de peso ao nascer de crianças nascidas de mães que haviam fumado na gravidez foi 211g menor do que a de filhos de mulheres não-fumantes. Em crianças com baixo peso, a prevalência de asma foi de 11,5%, contra 7,7% das crianças com peso normal. E, se o tabagismo na gravidez fosse considerado, essa taxa corresponderia a 23,5% e 9,5%, respectivamente.
A segunda análise, quando as crianças tinham entre 11 e 12 anos, mostrou também maior prevalência de chieira e asma diagnosticada em filhos de fumantes e naqueles que nasceram com baixo peso. "Este é o primeiro estudo a demonstrar um efeito de modificação do baixo peso ao nascer sobre a associação do fumo na gestação com asma na infância", destacou o pesquisador Anders Bjerg, líder do estudo.
Fonte: 19th Annual Congress of the European Respiratory Society. Press release. 14 de setembro de 2009.
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