quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Neoplasia



Neoplasia (neo= novo + plasia = tecido) é o termo que designa alterações celulares que acarretam um crescimento exagerado destas células, ou seja, proliferação celular anormal, sem controle e autonomia, na qual reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em consequência de mudanças nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celulares. A neoplasia pode ser maligna ou benigna.

 Malignos

Exemplos de neoplasia maligna:

Adenocarcinoma

Carcinoma de células escamosas (tecidos epitelial ou conjuntivo)

Carcinoma broncogênico

Teratoma maligno

Benignos

Exemplos de neoplasia benigna:

Lipoma

Adenoma

Teratoma benigna

 
COMPORTAMENTO BIOLÓGICO


De acordo com o comportamento biológico os tumores podem ser agrupados em três tipos: benignos, limítrofes ou "bordeline", e malignos. Um dos pontos mais importantes no estudo das neoplasias é estabelecer os critérios de diferenciação entre cada uma destas lesões, o que, algumas vezes, torna-se difícil. Estes critérios serão discutidos a seguir e são, na grande maioria dos casos, morfológicos:

CÁPSULA

Os tumores benignos tendem a apresentar crescimento lento e expansivo determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o que leva a formação de uma pseudocápsula fibrosa. Já nos casos dos tumores malignos, o crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação desta pseudocápsula; mesmo que ela se encontre presente, não deve ser equivocadamente considerada como tal, e sim como tecido maligno.

CRESCIMENTO

Todas as estruturas orgânicas apresentam um parênquima, representado pelas células em atividade metabólica ou duplicação, e um estroma, representado pelo tecido conjuntivo vascularizado, cujo objetivo é dar sustentação e nutrição ao parênquima. Os tumores também têm estas estruturas, sendo que os benignos, por exibirem crescimento lento, possuem estroma e uma rede vascular adequada, por isso que raramente apresentam necrose e hemorragia. No caso dos tumores malignos, observa-se que, pela rapidez e desorganização do crescimento, pela capacidade infiltrativa e pelo alto índice de duplicação celular, eles apresentam uma desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. Isto acarreta áreas de necrose ou hemorragia, de grau variável com a velocidade do crescimento e a "idade" tumorais.

MORFOLOGIA

O parênquima tumoral exibe um grau variado de células. As dos tumores benignos, que são semelhantes e reproduzem o aspecto das células do tecido que lhes deu origem, são denominadas bem diferenciadas. As células dos tumores malignos perderam estas características, têm graus variados de diferenciação e, portanto, guardam pouca semelhança com as células que as originaram e são denominadas pouco diferenciadas. Quando estudam-se suas características ao microscópio, vêem-se células com alterações de membrana, citoplasma irregular e núcleos com variações da forma, tamanho e cromatismo.

MITOSE

O número de mitoses expressa a atividade da divisão celular. Isto significa dizer que, quanto maior a atividade proliferativa de um tecido, maior será o número de mitoses verificadas. No caso dos tumores, o número de mitoses está inversamente relacionado com o grau de diferenciação. Quanto mais diferenciado for o tumor, menor será o número de mitoses observadas e menor a agressividade do mesmo. Nos tumores benignos, as mitoses são raras e têm aspecto típico, enquanto que, nas neoplasias malignas, elas são em maior número e atípicas.

ANTIGENICIDADE

As células dos tumores benignos, por serem bem diferenciadas, não apresentam a capacidade de produzir antígenos. Já as células malignas, pouco diferenciadas, têm esta propriedade, o que permite o diagnóstico e o diagnóstico precoce de alguns tipos de câncer.

METÁSTASE

As duas propriedades principais das neoplasias malignas são: a capacidade invasivo-destrutiva local e a produção de metástases. Por definição, a metástase constitui o crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependência do foco primário.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009



Processo de cicatrização da pele
A cicatriz surge com o processo natural de cura de ferimentos na pele chamado cicatrização. A ferida pode ser decorrente de um acidente, uma operação ou doença. Uma cicatriz normal é fina, acompanha o relevo da pele ao redor e, às vezes, torna-se quase imperceptível, existindo um equilíbrio entre a produção e a degradação (destruição) de fibras colágenas. Entretanto, a pele jovem, por comumente produzir colágeno de forma mais acelerada que sua degradação tende a determinar uma cicatriz evidente, ou cicatriz hipertrófica, isto é, maiores, mais elevada e espessa do que aquela que ocorre na pele da pessoa idosa . Quando a quantidade de colágeno depositada na cicatriz é menor do que devia, a cicatriz final pode aparecer deprimida, ou atrófica, em relação à pele ao redor



Insuficiência cardíaca

  • A insuficiência cardíaca não é uma doença só, mas uma fase, em geral a final, de várias doenças cardíacas.
  • As doenças que diminuem a força de contração do músculo cardíaco, o miocárdio, são as que mais comumente provocam a IC.
  • Outras situações podem levar a IC em um coração com força normal, mas com uma sobrecarga de trabalho excessiva.
    • São exemplos a estenose aórtica, onde uma das válvulas de saída do coração não se abre perfeitamente, e a insuficiência aórtica, onde uma das válvulas permite um refluxo de sangue, fazendo com que o volume de sangue que o coração precisa ejetar seja maior que o normal.
    • Nesta mesma linha muitas más-formações cardíacas, as chamadas cardiopatias congênitas, também impoem ao coração uma sobrecarga de trabalho.
    • Doenças que aumentam o metabolismo geral do organismo também levam à sobrecarga de trabalho cardíaco. Um exemplo é o hipertireoidismo, que é um excesso de hormônio de tireóide circulante.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

 Angina do Peito 

A angina do peito apresenta-se sob duas formas, a estável e a instável.
Tanto a instável como a estável têm manifestações ou sintomas semelhantes aos do infarto do miocárdio. Elas podem evoluir para um infarto do miocárdio quando não tratadas.
A angina do peito estável se diferencia do infarto por algumas das características abaixo:
 
Duração da dor - geralmente é de mais curta duração, se durar mais do que 15 minutos provavelmente se trata de infarto.

A dor surge com o esforço e passa com a parada, com o repouso.
As manifestações paralelas não costumam ser tão intensas como no infarto.
A dor ou opressão retroesternal passa com o uso de comprimidos sublinguais de nitro derivados. Se a dor não ceder provavelmente se trata de um infarto.
Os sintomas da angina de peito estável variam de pessoa para pessoa, mas, num mesmo indivíduo, costumam ser semelhantes, e num mesmo indivíduo costumam ter os seus fatores desencadeantes bem conhecidos, como fazer força, caminhar no vento frio, subir escadas, atividade sexual, e outras.
Os sintomas da angina de peito instável costumam surgir em repouso ao levantar pela manhã, e são de aparecimento súbito, com dores e desconforto moderado a severo, evoluem rapidamente para um estágio em que há um aumento no desconforto e na dor, tanto na intensidade como severidade.
Trombo

É uma formação sólida no interior do vaso sanguíneo. Ocorre pela agregação plaquetária, diferente do coágulo, que ocorre pela formação de polímeros de fibrinogênio (fibrina). São considerados três tipos de trombo: trombo hemostático, trombo venoso e trombo arterial.
O primeiro é fisiológico e os dois seguintes são patológicos. É importante relatar que o trombo só ocorre em seres vivos. Quando é derivado de corpos denomina-se coágulo.
Entre os fatores pró-trombose podemos observar:
  • Lesão endotelial
  • Colágeno
  • Ativação plaquetária
  • Citocinas
  • Endotoxinas
  • Estase
Hemofilia




  É o nome de diversas doenças genéticas hereditárias que incapacitam o corpo de controlar sangramentos, uma incapacidade conhecida tecnicamente como diátese hemorrágica. Deficiências genéticas e um distúrbio autoimune raro podem causar a diminuição da atividade dos fatores de coagulação do plasma sanguíneo, de modo que comprometem a coagulação sanguínea; logo, quando um vaso sanguíneo é danificado, um coágulo não se forma e o vaso continua a sangrar por um período excessivo de tempo. O sangramento pode ser externo, se a pele é danificada por um corte ou abrasão, ou pode ser interno, em músculos, articulações ou órgãos. É a falta dos fatores de coagulação - a hemofilia A tem falta do fator de coagulação VIII, a hemofilia B tem falta do fator de coagulação IX e a hemofilia C tem falta do fator de coagulação XI. A hemofilia A é a mais comum, ocorrendo em 90% dos casos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Choque hipovolêmico

Definição: Forma de choque; uma condição onde o coração é incapaz de fornecer sangue suficiente para o corpo devido a perda de sangue, distúrbio circulatório ou volume sangüíneo inadequado.
Causas, incidência e fatores de risco:
A perda de aproximadamente um quinto do volume sangüíneo normal, por qualquer causa, pode causar choque hipovolêmico. Isto inclui sangramento do intestino ou estômago, outros sangramentos internos, sangramentos externos (por cortes ou lesões) ou perda de volume sangüíneo e líquidos do corpo (como pode ocorrer com diarréia, vômitos, obstrução intestinal, inflamações, queimaduras e outros).
Choque hipovolêmico é uma condição médica caracterizada pela ocorrência dos seguintes sintomas:

O choque hipovolêmico pode ser causado pela liberação de toxinas no TGI pelo Vibrio cholerae(Bacilo da Colera). Que ao se ligarem nos receptores de Na causam o aumento da permeabilidade dos capilares e liberação por osmose de água e Cl intracelulares, levando ao extravasamento de liquido plasmático e diarréias com hipersecreção de cloreto.